Mesmo com o retorno sem restrições das atividades presenciais, a Black Friday de 2021 foi marcada por crescimento das vendas digitais. Só no dia 26 de novembro foram mais de R﹩ 4 bilhões de faturamento no e-commerce – um aumento de 4,5% em relação ao ano passado. É o que mostra o Relatório Black Friday, realizado pelas unidades de negócios do Grupo Locaweb All iN | Social Miner, Vindi, Delivery Direto e Octadesk, em parceria com a Bornlogic e Neotrust, no qual analisam o comportamento de suas bases entre os dias 30 de outubro e 26 de novembro de 2021, além de estabelecer um comparativo com os resultados apurados no período equivalente de 2020.
O material revela ainda que os picos de novos cadastros chegaram a representar mais de 7,5% na data, sendo que os leads da Black Friday são quentes e estão mais dispostos a receber e interagir com conteúdos e ofertas, sendo atraídos não só no dia mas por todo período de campanhas.
O estudo também mostra que 4,4% dos consumidores compraram nas mesmas lojas do ano passado, intensificando a importância de fidelizar o consumidor. Outro dado positivo está relacionado ao ticket médio das compras, que foi de R﹩ 774 na sexta-feira, um aumento de 7% em relação a 2020 e de 15,6% em relação a 2019, o que representa uma alta do comércio quando comparado até mesmo a Black Friday anterior à pandemia.
Outro ponto importante é a redução de 12% no valor médio cobrado pelo frete. “Pesquisas anteriores já haviam indicado que os clientes buscam pela oferta de frete grátis – que subiu 0,6% – ou frete barato. E nossos estudos apontam com frequência como isso interfere na decisão de compra. Essa redução do valor pode indicar que os comerciantes estavam atentos a este movimento”, afirma Ricardo Rodrigues, head de produto da All iN | Social Miner.
O valor investido nos conteúdos patrocinados também cresceu e superou em 162% o total de 2020. Não à toa a maior parte das visitas às lojas virtuais durante o evento foi feita pelo celular (61%), ao invés do tradicional computador (39%); e que o meio de atendimento mais buscado pelos consumidores tenha sido o WhatsApp (63%), ficando o e-mail (22%) e os chat web (13%) com menor relevância.
Para Rodrigues, “houve uma adaptação dos lojistas ao e-commerce. Muitos sobreviveram graças à digitalização. Eles aprenderam como funcionam as ferramentas, quais são melhores para a sua empresa e investiram pesado nisso. E esse investimento e aprendizado trouxe resultados nesta Black Friday”.
Outro destaque foi o uso das redes sociais, que tiveram aumento de 375%, se compararmos os mesmos períodos do ano de 2020. “Percebemos que este ano as empresas começaram as estratégias de divulgação nas redes sociais desde o começo do mês, diferente do ano passado em que as campanhas foram mais concentradas na semana da Black Friday. Isso mostra que estão apostando na construção de uma relação com o cliente, ao invés de lançar uma enxurrada de anúncios de uma só vez” afirma André Fonseca, CEO da Bornlogic.
O pagamento por cartão de crédito foi a preferência como meio de pagamento, de acordo com as bases de dados, com crescimento de 4,1 pontos percentuais se comparado ao mesmo período de 2020, sendo que os benefícios dos descontos atrelados ao pagamento à vista, cashbacks, frete grátis, programas de pontos e milhas são alguns dos motivos para a preferência.
Quanto às vendas, a categoria com maior número foi Moda e Acessórios, com 35,4%, seguida por Beleza (27,5%) e Alimentos e supermercados (14,4%). Focando agora em regiões, o Sudeste foi responsável por 65% dos pedidos, um aumento de 7% em relação a 2020. A região Sul cresceu 22%, e responde por 22% do mercado. As demais regiões tiveram queda, e somaram juntas cerca de 13% das vendas na Black Friday. O Nordeste, por exemplo, teve uma redução de 50% nas vendas este ano em relação a 2020.
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