Busca por vacinas e termos relacionados a imunização contra o coronavírus aumentam

A chegada do novo coronavírus virou o mundo de cabeça para baixo. Nos vimos obrigados a ficar em casa para evitar a disseminação do vírus e evitar o sobrecarregamento do sistema de saúde no Brasil. Com altas taxas de contaminação, o mundo se voltou para a produção de vacinas capazes de imunizar as pessoas contra o vírus. Pensando no comportamento de buscas por informações a respeito desse assunto, a Semrush, uma plataforma SaaS de gerenciamento de visibilidade online e marketing de conteúdo, fez um levantamento para entender o crescimento da procura.

Levando em consideração as pesquisas em torno das vacinas, laboratórios e fabricantes de insumos para a produção do imunizante, o mais procurado, com uma média de 115 mil buscas no ano de 2020 foi Coronavac, a vacina que está sendo aplicada na maior parte do país. Em segundo, o mais pesquisado com 94 mil buscas foi Fiocruz, ou Fundação Oswaldo Cruz, o responsável por viabilizar a produção da vacina de Oxford no Brasil, que ocupa o terceiro lugar com 81 mil buscas em média durante o ano de 2020.

O quarto termo mais buscado foi Pfizer, o laboratório que também produziu a sua própria vacina e tentou negociá-la com o Brasil, com 64 mil em média em 2020. Em quinto lugar ficou o Instituto Butantan, com média de 42 mil buscas, por ser o principal parceiro de produção e distribuição da Coronavac no Brasil, além de ter feito uma parceria com um grande funkeiro para a produção de uma música em homenagem ao momento do início da vacinação no país. Em sexto ficou Johnson & Johnson, com 27 mil, outra empresa que fez a sua própria versão do imunizante contra o novo coronavírus.

Outra pesquisa de destaque foi pelo conjunto “vacina de Oxford”, com 19 mil buscas em média durante o ano de 2020. Essa foi uma das primeiras opções a fazerem parte do currículo de vacinas disponíveis para o nosso país. Seguido de Sinovac, com 17 mil buscas, na procura pelo laboratório responsável por fazer a coronavac e distribuí-la para o resto do mundo. Temos ainda o laboratório Sanofi com 15 mil buscas, que entrou mais recentemente no jogo das vacinas para concorrer com a Pfizer e a Biontech. E em décimo lugar com 10 mil buscas temos a farmacêutica GSK, que está desenvolvendo em parceria com a CureVac uma vacina para as novas mutações do coronavírus que já estão aparecendo ao redor do mundo.

Confira a lista completa:

1. Coronavac: 115 mil

2. Fiocruz: 94 mil

3. Oxford: 81 mil

4. Pfizer: 64mil

5. Instituto Butantan: 42 mil

6. Johnson & Johnson: 27 mil

7. Vacina de Oxford: 19 mil

8. Sinovac: 17 mil

9. Sanofi: 15 mil

10. GSK: 10 mil

*média mensal de buscas online de janeiro de 2020 a dezembro de 2020 no Brasil

“A rapidez para a produção imunizante está proporcionalmente ligada ao interesse que as pessoas têm em conhecer mais sobre como funcionam, quando vão estar disponíveis para a população e qual a sua eficácia. As buscas na internet têm sido uma aliada nesse momento de disseminação de informações em velocidades recordes. Um bom ranqueamento das informações no mecanismos de buscas de forma que o usuário encontra tudo com mais facilidade, ajuda a formar um pensamento crítico mais conciso e evita que as pessoas leiam fake news em sites menos confiáveis e disseminem esse conteúdo”, pontua Fernando Angulo Fernando Angulo, Head of Communications da Semrush.

Além da busca pelos imunizantes e as farmacêuticas, a procura dos usuários também girou em torno de termos relacionados a esse assunto. Começamos com o campeão em crescimento: “vacina de dose única” com um aumento de 610.00% se compararmos os dados de dezembro de 2020 com os de janeiro de 2021. Em segundo lugar temos as buscas por “duas doses de vacina” com o aumento de 433.33%. A quantidade de imunizante que será necessário tomar tem crescido, pois a população quer saber quando será possível vacinar um número significativo da população e controlar a disseminação aqui no Brasil, que ainda gira em torno de números alarmantes.

Em terceiro lugar ficou a busca por “vacina placebo” com aumento de 354.55% que é um dos passos dentro dos testes clínicos das vacinas no Brasil. Quando as opções de vacinas começaram a ser testadas aqui, uma parte dos voluntários que tomaram as doses dos testes, acabaram por tomar uma preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, que serve como base para comparações ao final dos testes. Logo após houve um crescimento de 284.62% nas buscas por “eficácia da vacina”, em tempos que é preciso comprovar 50% de eficácia para que uma vacina esteja apta a ser ministrada para a população.

A pesquisa relacionada que ficou em quinto lugar foi “vacina mata”, com o aumento de 170.27%. Apesar de o Brasil já ter erradicado doenças altamente contagiosas por meio de vacinas comprovadas cientificamente, o novo coronavírus levantou essa suspeita de que se vacinar poderia ser mais maléfico do que a própria doença. Empatados em sexto lugar temos o placebo outra vez com um aumento de 166.67% e o Instituto Butantan com a mesma porcentagem de aumento se compararmos os dados de dezembro de 2020 com janeiro de 2021.

Em sétimo lugar com o aumento de 163.16% a Semrush listou a “vacina é eficaz”, uma dúvida recorrente se levarmos em consideração a rapidez que os imunizantes tiveram que ser produzidos nos laboratórios e os testes clínicos que tiveram que acontecer mais rapidamente do que o usual. Em oitavo lugar temos “antivacina” com 127.27%, um movimento que vem ganhando adeptos há alguns anos e que prega que ninguém deve se vacinar pois isso traz mais malefícios do que benefícios ao nosso organismo. Mas como foi comprovado cientificamente há anos, a vacina é uma das soluções mais completas para a erradicação de doenças infectocontagiosas.

E por fim, o ranking é composto pelo aumento de 81.82%pelo termo vacina e 56.25% pelo termo “vachina”, uma alusão ao termo vacina e o país de origem da vacina mais comum aqui, a China. Houve uma certa desconfiança por parte da população que acredita que a vacina advinda do país oriental poderia causar outras reações adversas mais graves que o próprio coronavírus.

Ranking completo de aumento percentual de buscas:

1. Vacina dose única: 610.00%

2. Duas doses de vacina: 433.33%

3. Vacina placebo: 354.55%

4. Eficácia vacina: 284.62%

5. Vacina mata: 170.27%

6. Placebo: 166.67%

6. Instituto Butantan:

7. Vacina é eficaz: 163.16%

8. Antivacina: 127.27%

9. Vacina: 81.82%

10. Vachina: 56.25%

*média mensal de buscas online de dezembro de 2020 a janeiro de 2021 no Brasil

“Termos relacionados ao momento de produção de vacina no Brasil movimentou as buscas se compararmos o final do ano passado com o começo desse. É interessante observar como as buscas também representam as dúvidas mais comuns do usuário e refletem as informações, ou desinformações, divulgadas. Assim como também os problemas de escassez de dose. Exemplo disso é o aumento por termos como ‘eficácia da vacina’ ou ‘vacina dose única’. Fato é que, quando em dúvida, o usuário recorre à internet em busca de informação e ele precisa encontrar a informação correta e verdadeira.”, conclui Erich Casagrande, gerente de marketing Brasil da Semrush .

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