Desde o início da pandemia de coronavírus no mundo, alguns comportamentos foram alterados naturalmente. Com as atitudes das pessoas online não foi diferente. Foi possível perceber uma alta no e-commerce e também maior quantidade de interações em Lives no Facebook, como revela estudo realizado pela Emplifi, plataforma de experiência do cliente (CX) apoiada pela Audax, que tem como objetivo amplificar a empatia.
O levantamento apontou que o engajamento nas Lives no Facebook foi três vezes maior do que as ocorridas em conteúdos postados em vídeo no primeiro trimestre deste ano. Isso não passou despercebido pela plataforma, que unirá as duas tendências dos tempos de pandemia – as compras online e as lives – o Facebook lançou recentemente, nos Estados Unidos, o Live Shopping Friday, que inicialmente contará com marcas conhecidas de moda e beleza oferecendo seus produtos online. A ideia da rede social é que, além de acompanharem os detalhes dos produtos em vídeos, os participantes possam interagir fazendo perguntas e terem uma maneira de ficarem mais próximos de suas marcas preferidas.
E a expectativa é que as interações nesse tipo de live sejam algo expressivo, já que, segundo o estudo da Emplifi, o engajamento nas Lives no Facebook foi três vezes maior do que as ocorridas em conteúdos postados em vídeo no primeiro trimestre deste ano. “A tendência emergente de comércio ao vivo é indiscutivelmente o maior desenvolvimento na forma como as empresas negociam com os consumidores usando as redes sociais. Ela foi disparada pelas mudanças no comportamento do usuário durante a pandemia, que tornou necessário que as empresas fornecessem experiências de compra alternativas aos seus consumidores”, explica Alexandra Avelar, country manager da Emplifi.
De acordo com a Emplifi, as interações em postagens de lives ao redor do mundo ficaram com 42 pontos de média, já as imagens com 13 e vídeos comuns com 12,5. Quando a análise é feita considerando somente as interações no Facebook no Brasil, a diferença é ainda maior. O formato Live assume a liderança com 64 pontos, enquanto imagens e vídeos possuem menos de 10 pontos de média cada.
Alexandra reforça que o maior uso de lives se deve à intenção das marcas em oferecer uma vivência diferenciada aos seus clientes. “Esse tipo de interação nas redes sociais, principalmente no Facebook, fornece uma experiência de usuário ponta a ponta, desde a descoberta do produto por meio de vídeo e conteúdo ao vivo até a compra por meio de mensagens automatizadas ou personalizadas. O ponto principal é que todo o processo ocorre instantaneamente no ambiente do aplicativo.”
O estudo ainda revela que mais de ¼ (27%) das páginas de jogos como Loteria realizaram pelo menos uma Live no primeiro trimestre deste ano. O segundo lugar em número de aparições por setores ficou com Telecom, com 19,4%, seguido por Eletrônicos, com 17,8%. Já os ramos de Beleza e E-commerce, que se adaptaram bem ao cenário digital na pandemia, foram os que mais receberam comentários nas Lives em comparação com as interações gerais. “Essas indústrias mostraram que quando entram no ar, as pessoas prestam atenção e dão o próximo passo de comentar no vídeo”, comenta a country manager.
Interações no Instagram
Quando o assunto é o formato que mais recebe ações dos usuários no Instagram, o Carrossel – que pode conter imagens e vídeos – fica em destaque tanto no levantamento mundial quanto regional, seguido por imagens e vídeos. No mundo, foram, em média, 182 interações nesse formato. Já no Brasil, o Carrossel teve 229 pontos, enquanto as publicações com imagens ficaram com 188 e as que apresentavam apenas vídeos com menos de 150.