Cardiologista alerta sobre sintomas e prevenção da insuficiência cardíaca

O apresentador Fausto Silva, o Faustão, está enfrentando um momento delicado em sua saúde. Internado desde o dia 5 de agosto no Hospital Albert Einstein, ele foi diagnosticado com insuficiência cardíaca, uma condição cardíaca grave.

O médico cardiologista arritmólogo do Hospital Sugisawa, Dr. Adriano Magajevski, esclarece que a condição pode afetar entre 1% a 2% da população. “Os sintomas mais frequentes costumam ser a falta de ar, a dificuldade de deitar ou acordar à noite por piora da falta de ar, tosse principalmente ao deitar e inchaço nas pernas”, destacou o Dr. Magajevski.
 

Ainda segundo o especialista, o tratamento para a insuficiência cardíaca geralmente envolve o uso de medicações específicas e, em alguns casos, dispositivos semelhantes ao marcapasso, como os ressincronizadores e cardiodesfibriladores implantáveis.

Segundo um comunicado oficial emitido pelo Hospital Albert Einstein no último domingo (20), o estado de saúde do apresentador piorou recentemente, devido ao agravamento do quadro de insuficiência cardíaca. Para manter o funcionamento regular de seu coração, tornou-se necessário o uso de medicações específicas, mas agora, a esperança reside em um transplante de órgão.


“Em situações mais extremas, como a do apresentador Faustão, o transplante cardíaco se torna necessário”, explica o cardiologista Dr. Adriano Magajevski.

Como funciona a doação de órgãos?


Segundo o Sistema Estadual de Transplante do Paraná, foram realizados 14 transplantes de coração no Paraná neste ano. Até julho, 30 pacientes ainda aguardavam por um transplante de coração no estado, sendo 16 homens e 14 mulheres. A insuficiência cardíaca, como a de Fausto Silva, é a principal causa, listada em 23 pacientes que aguardam pela doação de um órgão. No último mês, três pacientes morreram enquanto estavam na fila.

Fonte: Sistema Estadual de Transplante do Paraná / Reprodução


Qualquer pessoa pode ser doador de órgãos, mediante autorização da família. Os doadores falecidos são pacientes que foram diagnosticados em morte encefálica, o que ocorre normalmente em decorrência de traumas/doenças neurológicas graves. Há casos em que o falecimento decorre de parada cardiorrespiratória. Assim, após a confirmação da morte e havendo autorização familiar é realizada a doação. Entre os órgãos que podem ser doados estão o coração, rins, pâncreas, pulmões, fígado e também tecidos, como: córneas, pele, ossos, valvas cardíacas e tendões.


Os órgãos doados são destinados a pacientes que necessitam de transplante e estão aguardando em uma lista única de espera. Esta lista é fiscalizada pelo Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde e Centrais Estaduais de Transplantes. A seleção de um paciente que aguarda por um transplante, ocorre com base na gravidade de sua doença, tempo de espera em lista, tipo sanguíneo, compatibilidade anatômica com o órgão doado e outras informações médicas importantes.