Estudo da Appdome mostra que em uma semana média, 73% dos consumidores no país usam de 1 a 10 apps por dia
Tradicionalmente, os brasileiros abraçam rapidamente as inovações tecnológicas e isso não é diferente quando se trata de aplicativos móveis. O uso deles vem crescendo muito no país e está abrindo um caminho totalmente novo para as marcas se conectarem com seus consumidores, entenderem suas necessidades e oferecerem produtos e serviços mais personalizados.
Para analisar as novas tendências que os consumidores estão estabelecendo no cenário da economia móvel brasileira, a Appdome, o one-stop shop para defesa de aplicativos móveis, lançou recentemente o seu relatório “Expectativas do consumidor brasileiro sobre segurança de aplicativos móveis”, no qual revelou que os consumidores brasileiros estão praticamente no mesmo nível dos consumidores globais entre aqueles que usam de 1 a 10 aplicativos por dia (77,2% para consumidores globais vs. 73,7% para brasileiros).
Quando se trata de usar um grande número de aplicativos diariamente, os brasileiros ultrapassaram seus colegas globais. Por exemplo, os consumidores que usam de 11 a 20 aplicativos móveis diariamente são 7% maiores do que os consumidores globais. Aqueles que usam mais de 20 aplicativos diariamente são 33% maiores do que globalmente.
A pesquisa da plataforma de defesa mobile identificou 3 tendências que ilustram como os consumidores brasileiros estão transformando seu relacionamento com aplicativos móveis e fornece informações poderosas para CISOs e equipes de desenvolvimento para investir mais tempo e recursos na segurança de aplicativos para conquistar seus públicos-alvo.
1. Os consumidores estão preferindo apps ao invés de canais web
O relatório da Appdome revelou que o relacionamento dos brasileiros com as marcas está fortemente ligado ao aplicativo móvel em um primeiro momento. A economia brasileira está passando por crescimento mobile vertiginoso, e isso resulta em usuários inclinados a usar muito mais aplicativos do que os consumidores globais e gastando mais tempo e dinheiro com aplicativos móveis do que nos canais web (computadores, em suma).
Por exemplo, com 90,3%, a esmagadora maioria dos consumidores brasileiros respondeu que se sente confortável usando aplicativos móveis ao invés de canais da web em 2022, 18% a mais do que 76,5% para consumidores globais. Da mesma forma, 35,9% dos consumidores brasileiros disseram que se sentem “extremamente confortáveis” fazendo compras usando aplicativos móveis em 2022, um aumento acentuado de 54,7% em relação a 2021 e 58,1% acima da linha de base global de 22,7%.
Enquanto os orçamentos de defesa cibernética são direcionados para proteger ativos da web e online, os brasileiros preferem aplicativos móveis em sua grande maioria. As marcas que atuam no país e suas equipes de cibersegurança devem mudar sua mentalidade e orçamentos para “mobile first” se quiserem se acomodar com sucesso a essa nova realidade.
2. Maiores e diferentes exigências na segurança dos apps em detrimento de funcionalidades
As empresas que lidam com os consumidores brasileiros se deparam com múltiplas expectativas antifraude e de segurança em relação aos aplicativos, especialmente nos que estão mais presentes na rotina da população. Os consumidores também têm um interesse crescente por proteção sofisticada, incluindo proteção contra malware, trojans e hackers. Não basta mais que as marcas somente protejam o código-fonte, os dados ou só passem em um teste de penetração (pen testing) para que os usuários no país se sintam seguros.
Segundo o estudo, quando o assunto é segurança cibernética, 85,9% dos brasileiros disseram que é tão ou mais importante se proteger contra ameaças de segurança, fraudes e malware “do que obter novas funcionalidades”. Esse resultado é um pouco superior à média global de 86,3%.
Os brasileiros acreditam que as proteções de segurança e malware são requisitos básicos para todos os aplicativos móveis, ainda mais do que as funcionalidades. E como os consumidores globais, eles esperam altos níveis de segurança quando se trata de aplicativos que usam diariamente e armazenam dados pessoais como serviços financeiros, carteiras digitais e mídias sociais. Os usuários estão tão cientes que classificam as ameaças que mais temem, como um desenvolvedor que lança aplicativos desprotegidos, malware, fraude e outros problemas cibernéticos.
3. As pessoas estão muito mais dispostas a defender marcas que as protegem
Os brasileiros tendem a se engajar fortemente e de diversas formas para defender as marcas voltam seus esforços para a segurança. Os consumidores entrevistados afirmaram no estudo que vão abandonar marcas que não os protegem quando usam seus aplicativos móveis e reagirão da mesma forma caso sejam vítimas de alguma violação.
A Appdome perguntou aos consumidores qual a probabilidade de recomendarem o aplicativo a outras pessoas se ele os protegesse, bem como seus dados e seu uso, e a grande maioria dos brasileiros disse que defenderia uma marca quando suas expectativas de segurança fossem atendidas.
Os números evidenciaram que 48,8% dos consumidores seriam defensores ativos da marca nas mídias sociais caso ela os protegesse ao usar aplicativos móveis. Analisando as múltiplas maneiras de defender uma marca, 96,6% dos brasileiros recomendarão as marcas que os protegem, enquanto a média global é de 93,8%.
Desenvolvedores móveis e marcas que atendem ou superam as expectativas de segurança dos brasileiros em aplicativos Android ou iOS podem esperar um um interesse relevante dos consumidores para promover o seu negócio. Em resumo, os brasileiros estão dispostos a se envolver nas formas mais fortes de advocacia pelas marcas ao se sentirem protegidos. As descobertas da Appdome são interessantes para empresas que desejam olhar com carinho para a segurança dos apps, já que podem ser recompensadas com clientes fiéis e grande número de usuários.